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México: um roteiro de 8 dias pela capital e Riviera Maya


Passear pelo México é ter a certeza de encontrar testemunhos arqueológicos de séculos de história, desde as colonizações pré-hispânicas, o período de dominação espanhola e a luta de um povo por sua liberdade; e sua modernidade e os problemas trazidos com ela, como o trânsito caótico. É desfrutar de uma gastronomia deliciosa (e picante), apreciar suas belezas naturais e conhecer a simpatia de um povo muito alegre e sempre disposto a ajudar. E se sentir bem à vontade, com aquele aconchego e sentimento de estar em casa que a gente só tem viajando pela América Latina. 

O México é o quinto maior país das Américas, e o segundo país mais populoso da América Latina. Sua população se aproxima dos 130 milhões de habitantes. Foi território de inúmeras etnias ameríndias pré-colombianas, dentre elas os olmecas, toltecas, teotihuacanos, zapotecas, maias e astecas. Com a chegada dos Espanhóis, passou 300 anos sob dominação européia, como Vice-Reino da Nova Espanha, até a conquista de sua independência em 1821. Alguns anos após a independência, México e Estados Unidos guerrearam em decorrência da doutrina do destino manifesto, que afirmava que os  Estados Unidos tinham o direito divino de expandir suas fronteiras por toda a América. Como resultado da guerra, os EUA aumentaram o seu território em cerca de 25%, enquanto México perdeu aproximadamente 50% do seu território!!!

Toda essa história se reflete em seu patrimônio arquitetônico, e o país ocupa o quinto lugar no mundo e o primeiro das Américas em número de Patrimônios Mundiais da UNESCO, com mais de 30 locais que receberam esse título. Na lista das 100 maravilhas do Mundo, o México se destaca com Teotihuacan e Chichen Itza.

Fuçando no site Melhores Destinos, vimos uma excelente promoção de passagens para o México. Se você ainda não conhece esse site ou seu app, e ainda não se cadastrou pra receber os alertas de promoções de passagens aéreas, está perdendo excelentes oportunidades de viajar barato! Fomos de Guarulhos até a Cidade do México, com uma escala na Cidade do Panamá, de Aeromexico. Da Cidade do México até Cancún, fomos de Interjet na ida e Volaris na volta. Trarei nesse post dicas dos principais lugares pra se conhecer no México, a começar pela sua gigantesca capital, a Cidade do México, até o litoral, em Cancún, de onde se pode conhecer Tulum, Chichén Itzá e Playa del Carmen.

Se você deseja visitar Cancún, evite os meses de agosto a novembro, temporada de chuvas e de maior risco de furacões. A melhor época para ir a Cancún é entre fevereiro e maio. Mas se pretende conhecer a Cidade do México, evite os meses de junho a setembro, temporada de chuvas, e os meses de abril e maio, quando as temperaturas são muito altas. Dessa forma, recomenda-se ir para a Cidade do México de outubro a março. Portanto, se quiser conhecer tanto a Cidade do México quanto Cancún, o ideal seria ir em fevereiro e março. Eu viajei em fevereiro, e o clima foi bem agradável em todos os lugares por onde passei. Usei um casaco de noite e de manhã bem cedinho na Cidade do México, mas durante o dia, a temperatura aumentava. 

Em relação à qual moeda levar para o México, opte por dólares para trocar por pesos mexicanos. Até vi algumas casa de câmbio que trocavam reais, mas a cotação não compensa. Assim como também não compensa trocar reais por pesos no Brasil; ainda que você encontre alguma casa de câmbio que faça essa troca, não vale a pena.

CIDADE DO MÉXICO

A Cidade do México, com quase 9 milhões de habitantes, é a cidade mais populosa do México e da América do Norte. A cidade conta co
m uma ampla malha de metrô, que além de contemplar bem todas as áreas da cidade, é excelente pra gente fugir do trânsito caótico de lá. Dá pra ir do aeroporto ao centro de metrô, assim como se deslocar entre os principais bairros com atrações turísticas da cidade. Nos horários de pico, evite pegar o metrô, pois ele fica bem lotado. Aliás, ele é bem movimentado o dia todo, mas nos horários de pico é bem pior. Vimos policiamento em todas as estações, mas como em toda grande cidade, é bom ficar alerta aos seus pertences pessoais. Na entrada de cada estação tem um mapinha da malha que dá pra você se orientar bem sobre o trajeto que vai fazer: 




Zócalo

Há muita coisa pra se conhecer na Cidade do México!! Grande parte das atrações está no Zócalo (ver estação na linha azul), nome popular para a Plaza de La Constitucíon, a principal do Centro Histórico. Toda essa região é considerada um patrimônio mundial pela UNESCO. Dentre as atrações, se destacam:

- Catedral Metropolitana da Cidade do México: É uma das mais antigas catedrais das Américas. Sua construção se estendeu entre os anos de 1573 e 1813, abrangendo os estilos gótico, plateresco, barroco e neoclássico. Está aberta para visitação diariamente, das 7h às 19h, e a entrada é gratuita. Dentro da catedral, chamaram a minha atenção duas imagens de Jesus em particular: Jesus negro, como o Senhor do Veneno, um Cristo que, segundo a tradição, “absorve” o veneno dos pecadose Jesus sentado com inúmeras oferendas aos seus pés, mostrando o sincretismo religioso muito forte no México. Ao lado da catedral, está o Tabernáculo Metropolitano (Sagrario Metropolitano) construído no auge do período barroco, também de visitação gratuita. Para quem prefere visitar locais de peregrinação, a Basílica de Guadalupe é uma opção, no norte da capital, bem distante do centro histórico. Não visitei a Basílica. 


Fachada principal da Catedral




Ao lado da Catedral, o Sagrario Metropolitano

Altar da catedral


Várias oferendas aos pés da imagem de Cristo

Belo órgão da catedral

- Templo Mayor de Tenochtitlan: bem ao lado da Catedral Metropolitana, se encontra um conjunto de ruínas do tempo dos astecas, da cidade pré-hispânica de Tenochtitlan. O Templo Mayor era um dos principais templos dos astecas, e foi declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO. Ao visitá-lo, atente para as camadas sucessivas das construções. Cada templo foi construído sobre outro. O visitante poderá apreciar não só as ruínas do templo, mas o museu, com várias salas de exposição com artefatos arqueológicos encontrados na região. Parte do acervo se encontra logo na entrada do templo, mas a maior parte está num anexo enorme, ao final do percurso. Em uma das salas, há uma interessante exposição de história natural, com exemplares taxidermizados, conchas e esqueletos dos principais representantes da fauna regional. O ingresso para o templo e o museu custa 80 pesos mexicanos. 


Acima e abaixo, alguns cliques no Templo Mayor






Ruínas do Templo Mayor e a Catedral Metropolitana ao fundo


Algumas das peças expostas no museu do Templo Mayor




Cliques do acervo de história natural




- Palácio Nacional - Sede administrativa do governo federal do México, o Palácio conta com vários setores de visita abertos ao público. Foi construído no que era o Palácio de Moctezuma (= Montezuma), que Hernan Cortés destruiu para erguer seu Palácio no início do séc. XVI. Tornou-se Palácio Nacional do séc. XIX. A visita é gratuita, e por motivos de segurança, é preciso deixar o passaporte com os guardas na revista. Dentro do palácio há um museu bem legal com uma exposição sobre a história do México, uma capela e belos jardins. Além disso, há belos painéis de Diego Rivera no segundo andar no pátio central e no espaço da escadaria central, onde está o principal e maior dos painéis, intitulado 'Conquista do Império Asteca'. 



Acima e abaixo, cliques pelo Palácio Nacional






Acima e abaixo, alguns cliques no Museu Benito Juaréz, dentro do Palácio





Parte do painel central Conquista do império asteca, de Diego Rivera, Palácio Nacional


No segundo andar do palácio, mais painéis do artista

Quem se interessar em ver mais painéis de Diego Rivera, pode visitar o Museo de Sitio de la Secretaría de Educación Pública, bem pertinho dali. Os painéis de lá retratam os distintos trabalhadores da classe operária mexicana. Pra quem aprecia museus, nos arredores do Zócalo as opções são: Museo del Estanquillo, Museo de la Secretaría de Hacienda y Crédito Público, Museo Nacional de las Culturas, Museo de la Ciudad de Mexico e Museo de las Constituciones. Para mais informações sobre esses e outros museus, clique aqui.

Centro da cidade

Afastando-se do Zócalo, mas ainda no centro comercial da Cidade do México, em 15 minutos de caminhada, estão localizadas outras atrações interessantes. 


- Palácio de Bellas Artes (estação nas linhas verde e azul) - é o principal teatro da cidade, com belíssima fachada revestida em mármore de carrara. Em seu interior, há exposições e murais de Diego Rivera. Tem uma enorme praça, a Alameda Central, ao lado do palácio, bem agradável para um passeio. E nos arredores, também há vários museus, como: Museo Mural Diego Rivera, Museo de Arte Popular, Museo Nacional de la Estampa, Museo Franz Mayer, Museo Memoria y Tolerancia e Museo de Arte Popular. Quem quiser ter uma vista panorâmica da cidade, pode subir no Mirador Torre Latino. Também tem igrejas, hotéis e lojas de departamento nos arredores do Palácio.

Detalhe da fachada do Palácio de Bellas Artes





Quando estivemos lá, os funcionários do palácio estavam em greve

- Palácio dos Correios do México ou Palácio Postal - atravessando a avenida ao lado do Palácio de Bellas Artes, está o Palácio Postal, um dos mais belos edifícios do centro da cidade do México. Ainda funciona como agência dos correios atualmente. Foi desenhado pelo arquiteto Adamo Boari, que também planejou o Palácio de Bellas Artes. Seu interior é decorado em mármore italiano e bronze. Foi um dos primeiros edifícios do país a ter energia elétrica e elevador. A entrada é gratuita. E andando mais alguns metros, está o Museo Nacional De Arte (MUNAL). Vimos apresentações de grupos folclóricos no pátio em frente ao museu no sábado de tarde, não sei se eles se reúnem ali todo fim de semana ou se eram ensaios para algum evento em particular. Mas as apresentações atraíram muita gente e se estenderam pela noite.


Acima e abaixo, Palácio Postal





Museo Nacional De Arte (MUNAL)

- Mercado De Artesanías La Ciudadela - na Calle Balderas, pertinho da Plaza de La Ciudadela, está esse mercado de artesanato, com grande variedade de produtos e com ótimos preços. Dentro do mercado tem um restaurante chamado Fonda Carmelita, onde almoçamos. A comida era deliciosa e os preços, bem em conta. 


Mercado de artesanías




Chapultepec



No Paseo de La Reforma, uma das principais avenidas da cidade, está localizado o Bosque de Chapultepec (estação Chapultepec na linha rosa e estação Auditorio na linha laranja do metrô). Em idioma nauatle, Chapultepec significa colina dos gafanhotos. É uma das maiores áreas verdes urbanas do mundo, e a maior da América Latina. Essa região foi habitada por astecas a partir do séc. XII. Na época de Tenochtitlan, a capital asteca ligava-se a Chapultepec por meio de um banco de areia, e no séc. XV, havia um aqueduto que levava água potável de Chapultepec para Tenochtitlan. O Bosque foi declarado como reserva florestal em 1537 pelo Rei espanhol Carlos I. Atualmente encontra-se dividido em três seções, sendo a primeira seção a mais interessante. Nela está o Castillo de Chapultepec, o Jardín Botánico, o Zoológico e o Museo Nacional de Antropología. Para baixar um mapa completo do bosque, clique aqui.

Vista da seção 1 do bosque, do alto do Castelo de Chapultepec

Castillo de Chapultepec


O Castillo de Chapultepec é belíssimo, fica no topo de uma colina no bosque, e possui 19 salas com exposições variadas sobre a história do México, possuindo desde artefatos indígenas, inclusive o escudo de Moctezuma, até o mobiliário da época dos vice reis. Também há painéis de Diego Rivera nas paredes das escadarias. Outro destaque é a sala de malaquita, que possui impressionantes jarros e uma porta nessa pedra, doados pelo Czar Nicolas I da Rússia para a Grande Exposição Universal de Londres, de 1851, e posteriormente levados para o México. O ingresso para o castelo custa 75 pesos mexicanos. 

Sala de malaquita

Acima e abaixo, quadro com a figura de Moctezuma


Escudo de Moctezuma

Artefatos astecas

Algumas salas do castelo




Ainda no bosque, mas do outro lado do Paseo de la reforma, o Museo Nacional de Antropología tem um acervo de culturas pré-hispânicas impressionante! Coleções arqueológicas e etnográficas dos maias, zapotecas, astecas, toltecas, dentre outras civilizações pré-colombianas. A mais famosa atração do museu é a Piedra de Sol, erroneamente chamada de calendário asteca. Não se trata de um calendário, mas sim de um altar para rituais de sacrifício humano, que eram muito comuns na época. Além das coleções, há nos pátios externos réplicas de templos e outras edificações encontradas em sítios arqueológicos do país. O ingresso para o museu custa 75 pesos mexicanos. Reserve um dia da sua viagem para conhecer o Castelo e o Museu, você não vai se arrepender.


Piedra de sol


Acima e abaixo, cliques pelo museu de antropologia





Teotihuacán


Teotihuacán foi um centro urbano pré-colombiano, distante 48 km da atual Cidade do México. É conhecido pelas suas pirâmides, a maior, do Sol, e a menor, da Lua, além de outros edifícios e ruínas. A cidade foi estabelecida por volta de 100 a.C., e os principais monumentos foram construídos até aproximadamente 250 d.C. Para chegar aqui a partir da Cidade do México, pega-se um ônibus na Rodoviária do Norte. A viagem dura menos de uma hora e o bilhete de ida e volta custa aproximadamente 20 reais.

Do lado de fora do parque, há vários restaurantes com comida mexicana típica e baratinha. Almoçamos por lá. 



Pirâmide do sol

Pirâmide da lua

Acima e abaixo, mais cliques pelo complexo arqueológico de Teotihuacán 








PENÍNSULA DE YUCATÁN

Além da cidade do México e seus arredores, outro ponto de grande interesse turístico no país é a Península de Yucatán. Com vários balneários, sítios arqueológicos e cenotes, a península de Yucatán tem atrações para todos os gostos e bolsos. Há quem opte em ficar em resorts all inclusive e curtir as atrações desses hotéis luxuosos, mas acho um desperdício de tempo e de dinheiro ir até lá e não conhecer os belíssimos sítios arqueológicos da região, patrimônios extraordinários da cultura latino-americana! O principal trecho turístico da península é a Riviera Maya, ao nordeste, e é interessante escolher uma cidade base para se hospedar e de lá, fazer seus passeios.



Cancún

Como base para todos os passeios na Península de Yucatán, escolhemos Cancún. Há duas zonas hoteleiras em Cancún, uma no centro, em torno da Avenida Tulum, que é a principal avenida da cidade, e a outra é no setor das praias, onde estão os resorts de luxo. Os hotéis do centro são, portanto, mais em conta. Optamos em nos hospedar no centro, no Hotel Parador, que fica na Avenida Tulum, bem pertinho da estação rodoviária (de onde saem os ônibus para o aeroporto e para outras localidades da Riviera Maya, como Playa del Carmen), do mercado de artesanato, da prefeitura de Cancún e de vários supermercados e restaurantes. Almoçamos dois dias no El Ceviche Costeño, um restaurante especializado em frutos do mar, bem simples e com preços em conta, e a comida era divina! Um dos melhores espaguetes com frutos do mar que já comi na vida. 

Cancún é uma cidade balneário e as principais atrações de lá são basicamente praias e a Isla Mujeres. Assim, os sítios arqueológicos da Riviera Maya não ficam em Cancún, mas em outras cidades em seu entorno. Por isso, de Cancún, fizemos passeios tipo bate e volta para Chichen Itza e Tulum. Reservamos pelo Civitatis, e o operador local era a agência Amigo Tours Cancún (cancun5@amigotours.com.mx). Também fomos por conta própria de ônibus da companhia Ado para Playa del Carmen, outra cidade balneário conhecida pelas suas praias lindas e vida noturna agitada. Do porto de Playa del Carmen, partem embarcações para a Ilha de Cozumel, ideal para quem gosta de mergulhar, assim como a Isla Mujeres. Não fomos até lá, passeamos pela vila e regressamos para Cancún.

Palacio Municipal, sede da prefeitura de Cancún

Acima e abaixo, alguns cliques em Playa del Carmen




Tulum

O objetivo da nossa viagem à península de Yucatán era conhecer os dois principais sítios arqueológicos da região: Tulum e Chichen Itzá. As praias são belíssimas, mas praias tão bonitas como essas temos no litoral do Nordeste brasileiro, então fomos em busca de algo diferente, e que só é possível conhecer no México, Belize, Honduras, El Salvador e Guatemala: as ruínas das antigas cidades maias. Quem quiser saber mais sobre os sítios arqueológicos maias desses outros países, pode clicar aqui. Três dessas ruínas estão na lista das 100 maravilhas do mundo: Tikal, na Guatemala, e Tulum e Chichen Itzá, no México.

Tulum foi uma cidade portuária amuralhada, sendo uma das últimas cidades construídas e habitadas pelos maias. O nome Tulum em iucateque significa parede, em referência à essas muralhas que defendiam a cidade. Elas continuam bem preservadas, em alguns pontos com 8 metros de espessura. Os sacerdotes, astrônomos e soldados viviam dentro da cidade amuralhada, e os agricultores, fora dela. Grande parte dos maias que vivia aqui conseguiu fugir antes que os espanhóis desembarcassem, ao verem as suas embarcações encalhando numa grande barreira de corais em frente à essa cidade estado. A cidade acabou entrando em declínio 70 anos após a chegada dos espanhóis, com seus remanescentes morrendo por doenças trazidas por esses europeus. No começo do século XX, vários arqueólogos começaram a estudar e restaurar as ruínas de Tulum, que atualmente é um dos destinos turísticos mais visitados da Riviera Maya.

Os principais edifícios de Tulum são o Templo das Pinturas, o Templo do deus descendente e o Castelo. Bem em frente ao Castelo, embaixo d'água, há uma abertura no recife de coral que pode ter sido usada para facilitar a aproximação de embarcações na costa, indicando que o Castelo na verdade pode ter sido um farol para orientar esses barcos. Os estudos arqueológicos indicam que Tulum recebia embarcações de várias regiões do México e da América Central, sendo um importante posto comercial.


Templo das pinturas

Templo do deus descendente

Castelo de Tulum

Acima e abaixo, alguns cliques pelo sítio arqueológico de Tulum











Chichén Itzá

Outro sítio arqueológico de grande relevância na Riviera Maya é Chichén Itza, distante 3h de Cancún. Chichén Itzá, em iucateque, significa "pessoas que vivem na beira da água". Quando os espanhóis chegaram aqui, os maias já tinham se mudado para o litoral devido à seca. E como em Chichén Itzá não tinha ouro, os espanhóis não saquearam a cidade. É importante destacar que o povo maia também vivia espalhado na península, diferentemente dos astecas que estavam concentrados geograficamente. Graças a esses fatores, o povo Maia e seu patrimônio arqueológico e cultural se mantiveram vivos no México. Nesse sítio, os destaques são a 'pirâmide' (templo de Kukulcán), vários templos e os cenotes, enormes poços naturais de água, muito usados para cultos religiosos. Ao contrário dos astecas, que faziam sacrifícios de seus jovens aos deuses, na cultura maia, o jovem oferecia apenas seu sangue aos deuses. Depois de furar sua língua, o sacerdote queimava o sangue e a fumaça do sangue queimado subia ao céu até os deuses. Era em Chichen Itzá que os maias também faziam competições esportivas. 

Na caminhada até os cenotes, há várias tendas de artesanato. Sobre os cenotes, vale a pena destacar que a península de yucatán não tem rios. A água da chuva penetra no solo calcário e se deposita nesses poços, que são inúmeros pela região. Chichén Itzá é um dos sítios arqueológicos mais visitados no México, recebendo cerca de 1,4 milhões de visitantes a cada ano. O turismo foi impulsionado principalmente após sua eleição como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. 


Templo de Kukulcán, Chichén Itzá

Detalhe na base do templo

Acima e abaixo, cliques pelo sítio de Chichén Itzá



Acima e abaixo, os cenotes




É isso, pessoal! Espero que tenham gostado, e se tiverem alguma pergunta ou comentário pra fazer, por favor fiquem à vontade! Não deixem de acompanhar as novidades no meu instagram, @biologa_viajante! 







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