Prezados leitores,
Na primeira parte da minha viagem ao Egito, conheci as principais atrações de Luxor, Edfu e Assuã, além do colossal templo de Abu Simbel, perto da fronteira com o Sudão. Na segunda parte da viagem, após o término do cruzeiro, peguei um vôo para o Cairo. Tudo que conheci lá, vou descrever para vocês nesse segundo post!
O Cairo é uma megalópole com quase 20 milhões de habitantes! Como na maioria dos grandes centros urbanos, o trânsito de lá é caótico. Foram quase 2 horas de engarrafamento para chegar do aeroporto ao hotel, e na volta, cheguei bem em cima da hora do vôo. No centro da cidade, a situação ainda é pior, pois carros, carroças, pessoas, motos, bicicletas e ônibus se misturam no meio das ruas, e você tem a impressão de que a qualquer momento, algum acidente grave irá acontecer. Melhor fechar os olhos rsrs.
Fiquei hospedada no Oasis Hotel Pyramid, na Alexandria Desert Road, em Gizé. Essa grande avenida tem diversos hotéis muito bons e é uma importante zona hoteleira do Cairo. Já no centro da cidade, há vários hotéis, mas muitos em decadência, inclusive de renomadas redes internacionais, segundo relatos de alguns turistas. Cheguei no Cairo à noite e no outro dia de manhã, fui conhecer o Museu aberto de Memphis, a Pirâmide de Saqqara, as Pirâmides de Quéfren, Quéops, Miquerinos e a Grande Esfinge. Os ingressos, o almoço, o guia local e o transporte até esses locais já estavam incluídos no pacote da viagem, conforme expliquei no primeiro post.
O Museu de Memphis abriga itens do que era o Templo de Ptah. Suas principais atrações são uma esfinge, numa provável representação de Hatshepsut, e o colosso de Ramsés II, com cerca de 10m de altura. Essa estátua, toda esculpida em uma única rocha de pedra caliça, foi descoberta em 1820 pelo italiano Giovanni Caviglia e originalmente tinha 13m de altura, mas infelizmente os pés e parte das pernas foram perdidos. Além dessas estátuas, o museu tem outros objetos de importância arqueológica e barraquinhas vendendo artesanato.
Em seguida, fomos até a Pirâmide de Saqqara, erguida por Imhotep para o sepultamento do Faraó Djoser, no século XXVII a.C. É uma pirâmide escalonada, diferente das pirâmides de Gizé. É Segundo os arqueólogos, foi a primeira pirâmide a ser construída no Egito, e a mais antiga construção monumental em pedra do mundo. Ao redor da principal pirâmide, há outras menos preservadas, assim como um complexo funerário com tumbas de vários nobres das dinastias V e VI, como a princesa Seshseshet, mais conhecida como Idut. Muitas pessoas vão para essa localidade apenas para ver a pirâmide de Saqqara, deixam de explorar o complexo, e não conhecem tamanha riqueza que está lá. Pude entrar na tumba de Idut e as inscrições nas paredes são belíssimas.
Após o almoço, fomos enfim conhecer as famosas Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos e a Grande Esfinge!! A maior das pirâmides (e também a maior do Egito) é a de Quéops, também chamada de Grande Pirâmide, e é considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo (na verdade, a única maravilha que ainda existe). A pirâmide foi construída para o faraó Quéops (dinastia IV) em torno de 2 560 a.C. Originalmente, ela media 146,5m de altura e era coberta por pedras polidas, fazendo com que brilhasse ao sol. Já a pirâmide de Quéfren tem 143m de altura, e foi construída para o faraó Quéfren (filho de Quéops), que reinou entre 2520 e 2494 a.C. Na ponta da pirâmide, restam ainda algumas pedras do revestimento original. Por fim, a menor das três pirâmides, com 65m de altura, é a de Miquerinos. Ele era filho de Quéfren e neto de Quéops, e reinou entre 2514 e 2486 a.C. Apesar de serem pai e filho, e das suas pirâmides estarem uma do lado da outra, Quéfren não foi sucessor de Quéops. Ao final do reinado de Quéops, quem assumiu o comando foi seu outro filho, Radjedef, cuja pirâmide está em Abu Roach. O tesouro das três pirâmides foi saqueado, assim como o da maioria dos faraós, e não se sabe qual fim levou os corpos desses faraós. É possível entrar na pirâmide de Quéops, mas não há nada para ser ver lá dentro, além da passagem ser estreita, escura, muito quente e com pouco ar. Quem quiser entrar, apenas pela emoção mesmo, paga um ingresso à parte no valor de 300 libras egípcias.
Na primeira parte da minha viagem ao Egito, conheci as principais atrações de Luxor, Edfu e Assuã, além do colossal templo de Abu Simbel, perto da fronteira com o Sudão. Na segunda parte da viagem, após o término do cruzeiro, peguei um vôo para o Cairo. Tudo que conheci lá, vou descrever para vocês nesse segundo post!
O Cairo é uma megalópole com quase 20 milhões de habitantes! Como na maioria dos grandes centros urbanos, o trânsito de lá é caótico. Foram quase 2 horas de engarrafamento para chegar do aeroporto ao hotel, e na volta, cheguei bem em cima da hora do vôo. No centro da cidade, a situação ainda é pior, pois carros, carroças, pessoas, motos, bicicletas e ônibus se misturam no meio das ruas, e você tem a impressão de que a qualquer momento, algum acidente grave irá acontecer. Melhor fechar os olhos rsrs.
Fiquei hospedada no Oasis Hotel Pyramid, na Alexandria Desert Road, em Gizé. Essa grande avenida tem diversos hotéis muito bons e é uma importante zona hoteleira do Cairo. Já no centro da cidade, há vários hotéis, mas muitos em decadência, inclusive de renomadas redes internacionais, segundo relatos de alguns turistas. Cheguei no Cairo à noite e no outro dia de manhã, fui conhecer o Museu aberto de Memphis, a Pirâmide de Saqqara, as Pirâmides de Quéfren, Quéops, Miquerinos e a Grande Esfinge. Os ingressos, o almoço, o guia local e o transporte até esses locais já estavam incluídos no pacote da viagem, conforme expliquei no primeiro post.
O Museu de Memphis abriga itens do que era o Templo de Ptah. Suas principais atrações são uma esfinge, numa provável representação de Hatshepsut, e o colosso de Ramsés II, com cerca de 10m de altura. Essa estátua, toda esculpida em uma única rocha de pedra caliça, foi descoberta em 1820 pelo italiano Giovanni Caviglia e originalmente tinha 13m de altura, mas infelizmente os pés e parte das pernas foram perdidos. Além dessas estátuas, o museu tem outros objetos de importância arqueológica e barraquinhas vendendo artesanato.
Em seguida, fomos até a Pirâmide de Saqqara, erguida por Imhotep para o sepultamento do Faraó Djoser, no século XXVII a.C. É uma pirâmide escalonada, diferente das pirâmides de Gizé. É Segundo os arqueólogos, foi a primeira pirâmide a ser construída no Egito, e a mais antiga construção monumental em pedra do mundo. Ao redor da principal pirâmide, há outras menos preservadas, assim como um complexo funerário com tumbas de vários nobres das dinastias V e VI, como a princesa Seshseshet, mais conhecida como Idut. Muitas pessoas vão para essa localidade apenas para ver a pirâmide de Saqqara, deixam de explorar o complexo, e não conhecem tamanha riqueza que está lá. Pude entrar na tumba de Idut e as inscrições nas paredes são belíssimas.
Uma das falsas portas para a pirâmide. As pirâmides costumavam ter uma porta verdadeira, e 12 portas falsas, destinadas para a passagem do espírito do faraó após sua morte (uma porta para cada hora da noite e da madrugada). Em cada porta, havia uma pergunta que o espírito do faraó deveria responder para passar para a porta seguinte. A última porta deveria ser atravessada no amanhecer, que representava o encontro do espírito do faraó com Amon Rá, o deus do sol.
Entrada da tumba de Idut. Dentro das tumbas do complexo de Saqqara, não é permitido fotografar.
Mapinha para entender a organização do complexo de Gizé
Acima e abaixo, a pirâmide de Quéops. Quem quiser, pode fazer passeios de camelo e de cavalo ao redor das pirâmides.
Ao lado da pirâmide de Quéops, a pirâmide de Quéfren
Desse mirante, dá para tirar fotos bem legais das três pirâmides (Miquerinos, Quéfren e Quéops, respectivamente). Por aqui também tem umas barraquinhas de artesanatos.
Após conhecer as pirâmides e ter tempo para muitas fotos, fomos para a Grande Esfinge de Gizé. Ela foi construída em pedra calcária e com rosto representando o faraó Quéfren. É considerada a maior estátua feita de monólito no mundo, datada de 2500 a.C. Durante milhares de anos, a esfinge permaneceu enterrada na areia, apenas com a cabeça para fora. Após várias tentativas de desenterrá-la, apenas entre 1925 e 1936, ela foi totalmente escavada e teve sua cabeça e pescoço restaurados.
Assim como na pirâmide de Saqqara, na Esfinge observamos andaimes das obras de restauração desses patrimônios
Esfinge e ao fundo, a pirâmide de Quéops
Ao final do dia, visitamos uma fábrica de papiro. Foi interessante observar como esse tipo de papel é confeccionado e também, apreciar a beleza de papiros com as mais diferentes pinturas e tamanhos, incluindo aqueles que brilham no escuro.
No dia seguinte, conhecemos o Grand Bazar do Cairo, o Bairro Copta, a Cidadela e o Museu do Cairo! O Khan al-khalili, ou Grand Bazar do Cairo, é um ponto de visita obrigatório da cidade. Mesmo que você não compre nada (o que acho improvável rsrs), é imperdível passar pelas ruas e ruelas de lá e apreciar a beleza da arquitetura das suas casas, mesquitas, minaretes e lojas. Não resisti às caixas marchetadas com nácar, artesanato muito comum por lá (e barato). O local tem atraído cada vez mais turistas e o policiamento é muito intenso, mesmo em horários quando o movimento de pessoas ainda não é tão grande, como no horário que fomos, bem cedinho da manhã. Fomos escoltados do início ao fim da visita.
Entrei em uma das mesquitas e assisti de longe o culto e tirei fotos
Típicas lojinhas de artesanatos e bugigangas
O Khan al Khalili é um bairro tipicamente muçulmano. A maioria dos egípcios são muçulmanos, e uma minoria é composta por cristão e judeus. Em seguida, fomos visitar o Bairro Copta, que é o bairro cristão do Cairo. Uma das principais atrações é a Igreja Suspensa do Cairo. Ela é considerada a basílica mais antiga na África. Foi construída sobre as ruínas de duas torres da fortaleza antiga romana. Essa parte do Cairo também é chamada de Cairo Antigo ou Velho Cairo.
Alguns cliques pelo Bairro Copta
Fachada do Mosteiro e Igreja de São Jorge
Acima e abaixo, cliques da Igreja Suspensa
Outra atração que visitei nesse dia foi a Cidadela do Cairo. A Cidadela é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade do Cairo, foi fundada em 1176 por Saladino, o primeiro Sultão do Egito, e sede do governo egípcio por aproximadamente 700 anos. Dentre suas atrações, a Mesquita de Alabastro é a mais espetacular de todas. A Grande Mesquita de Muhammad Ali Pasha ou Mesquita de Alabastro é uma mesquita otomana construída na primeira metade do século XIX (a maior deste século) e por sua posição estratégica, pode ser vista de várias localidades do Cairo. Ela foi construída em pedra calcárea, com térreo e pátio todo em alabastro. A cidadela e o Khan al Khalili são realmente atrações imperdíveis. Caso você não disponha de muito tempo para conhecer o Cairo, pode tirar o Bairro Copta da sua programação para não perder essas duas outras localidades.
Entrada da Cidadela
Mesquita de alabastro
Pátio externo
Interior da mesquita, acima e abaixo
Vista do Cairo, de um dos terraços da mesquita
Por fim, mas não menos importante, visitei o Museu do Cairo. É considerado o mais importante museu do Egito, com mais de 120.000 antiguidades divididas em galerias que representam todas as fases da história egípcia: Antigo Império; Médio Império e o Novo Império. São estátuas, sarcófagos, múmias, amuletos, móveis, etc. que contam milênios de história, bem ali, ao alcance de todos. Para tirar fotos lá dentro, também é preciso comprar um bilhete à parte.
Entrada do Museu
Alguns dos vários sarcófagos que tem no museu
Múmia de criança, banhada a ouro
Esfinges
Coroação de Ramsés III por Hórus e Seth
A ala mais disputada do Museu é aquela que abriga o tesouro da tumba de Tutancâmon. Ele morreu tão jovem, mas com inúmeras riquezas em sua tumba, que não foi saqueada. Conseguem imaginar a riqueza nas tumbas de faraós que governaram por muitos anos e que foram saqueadas? A tumba foi descoberta em 1922 por Howard Carter, embaixo de ruínas de um acampamento. Por isso, escapou de roubos e depredações. Os dois sarcófagos de Tutankamon ficavam dentro de três caixas enormes, totalmente revestidas de ouro, uma dentro da outra. Algo simplesmente espetacular.
Acima e abaixo, parte do tesouro encontrado na tumba de Tutancâmon
Caixas onde ficavam guardados os sarcófagos de Tutancâmon
Os itens que estavam dentro dos sarcófagos, como suas máscaras, jóias e os próprios sarcófagos, ficam numa sala à parte, onde não é permitido fotografar de forma alguma. Os seguranças inclusive são muito truculentos com os turistas que insistem em fotografar. Para encerrar essa série de postagens, deixo uma bela foto de uma das máscaras de Tutancâmon que achei na internet. Caso tenham alguma dúvida sobre o Egito e essa viagem maravilhosa, é só me escrever! Bjs
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